Representantes de organizações da sociedade civil, do governo federal e da Prefeitura de Belém; de entidades públicas como o Sebrae, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, participaram na Universidade da Amazônia, ontem (13/6), do lançamento da quinta edição do Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODM Brasil.

Com inscrições abertas até 2 de agosto, a expectativa é a de ampliar o número de projetos em Belém e no Pará. Desde o lançamento das metas do milênio pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano 2000, já foram premiados em todo o Brasil 80 projetos de inclusão social, alcance da cidadania e promoção dos direitos humanos.

A magnífica reitora da Unama, Ana Célia Bahia, agradeceu a escolha da universidade para o lançamento do prêmio e disponibilizou a prefeituras e à sociedade civil a expertise acadêmica da instituição, para parcerias no âmbito do ODM Brasil. “Nossa missão institucional é educar para o desenvolvimento da Amazônia e, nessa perspectiva, colocamos nossa produção de conhecimento à disposição, para capitalizar a experiência acadêmica a serviço da transformação da nossa sociedade’’.

Ex-alunas da Unama, ambas do curso de Direito, a vice-prefeita de Belém e a prefeita de Rondon do Pará, Karla Martins e Cristina Malcher, respectivamente, participaram do evento. Karla Martins destacou o programa “Cuida Belém, Cuide Também”, de limpeza da cidade e preservação do patrimônio público; a meta de 60% de cobertura na Estratégia Saúde da Família, bem como os investimos em equipamentos e reforma das unidades básicas de saúde. Segundo ela, essas ações demonstram a responsabilidade social da Prefeitura de Belém. “Vamos completar seis meses de trabalho e estamos avançando. Enquanto estamos aqui, o prefeito assina a Ordem de Serviço do BRT para a retomada das obras ainda hoje. Estamos empenhados em concluí-lo o mais rápido possível’’, disse Karla.

Vice-presidente da Associação dos Municípios do Araguaia-Tocantins (Amat-Carajás), a prefeita Cristina Malcher assinalou o compromisso moral dos prefeitos com saúde e educação e disse que os repasses federais não asseguram ações eficientes e de qualidade nessas áreas. A prefeita de Rondon defendeu a revisão da Lei Kandir, que desonera as exportações das principais matérias-primas do estado (energia e minérios), e o aumento dos repasses federais aos municípios. “Em 2012, recebemos 15% de repasse federal para saúde, mas aplicamos 35%, cobrindo o repasse com recursos próprios. Não há desenvolvimento sem saúde e sem educação’’, frisou Cristina Malcher.

SEM MISÉRIA O secretário nacional–adjunto, Geraldo Magela da Trindade, representou o ministro-chefe da Secretaria-Geralda Presidência da República, Gilberto Carvalho. Ele disse que se os objetivos do milênio forem alcançados até 2015, conforme a meta da Organização das Nações Unidas (ONU), 500 milhões de pessoas sairão da miséria e 30 milhões de crianças deixarão de morrer até os cinco anos de idade. “A ONU foi feliz ao construir essa plataforma humanista e o Pará tem um ambiente propício para desenvolver boas parcerias’’, destacou Magela.

O ODM Brasil estimula tanto os municípios quanto as organizações não-governamentais a desenvolverem projetos que cumpram os oito macroobjetivos, que abrangem as principais demandas sociais do mundo. Há uma comissão técnica que avalia os projetos. “O Pará está bem encaminhado com os objetivos do milênio, sobretudo no combate à mortalidade infantil. Os grandes desafios do Estado ainda são o combate à Aids, mortalidade materna e acesso à rede de esgoto e saneamento’’, disse Rosane Fontoura, do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, que tem dois objetivos: divulgar o prêmio e mobilizar a sociedade civil para propor projetos. O site www.portalodm.com.br traz todos os indicadores e a situação de cada município brasileiro ante os objetivos.

Fonte: Site do Jornal O Liberal