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08.08.2013 - Desenvolvimento e inclusão em debate no lançamento da 5ª edição do Prêmio ODM Brasil em São Paulo

Date: 2013-08-08

 

O Seminário de Lançamento da 5ª Edição do Prêmio ODM Brasil – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na última sexta-feira (2/8), promoveu uma série de debates a respeito do desenvolvimento social no Brasil e no mundo. O evento contou com a presença de autoridades do governo estadual e federal, além de representantes da sociedade civil. 
 
Na abertura do evento foi apresentada uma gravação do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República), na qual ele afirmava que os municípios envolvidos com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio foram responsáveis pela inclusão econômica, social e política de 40 milhões de brasileiros nos últimos anos.  “Vocês fazem parte dessa grande vitória que tivemos que é o resgate de mais 40 milhões de brasileiros de uma vida de exclusão”, disse. Carvalho apresentou um balanço do programa de desafios humanitários a serem cumpridos até 2015 e convidou representantes de cidades a inscreverem projetos de inclusão social na iniciativa da ONU.
 
A abertura oficial do lançamento em São Paulo foi feita pelo secretário-executivo do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, e presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Fiesp (Conic), Rodrigo Rocha Loures.
 
Para mostrar um exemplo de prática premiada, foi apresentado o programa de reabilitação profissional realizado pela Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape), contemplada pelo Prêmio ODM em 2007. O gerente de capacitação e inclusão da entidade, Marcelo Vitoriano, falou sobre os resultados do programa.
 
A Avape começou a trabalhar na capacitação de jovens com deficiência em 1994, época em que ainda não havia uma grande abertura do mercado de trabalho para essas pessoas. Mas de acordo com Vitoriano, havia também uma falta de preparo das pessoas atendidas, não só com relação à capacitação profissional, mas também de habilidades sociais, importantes no ambiente de trabalho.
 
Com uma equipe formada por profissionais de serviço social, psicólogos e orientadores profissionais, monitores de oficina, médicos e auxiliares administrativos, a Avape chega a atender cerca de 300 pessoas nesse programa, em todas as suas unidades no país. “Se somarmos o trabalho realizado desde a criação da Avape até hoje, foram cerca de 23 mil pessoas encaminhadas ao mercado de trabalho.”
 
Para completar o debate, o coordenador-residente do sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek, falou sobre a diminuição, pela metade, da extrema pobreza no mundo nos últimos 20 anos. A informação é do relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os avanços dos Objetivos do Milênio. A meta do programa global foi atingida antes do prazo – 2015 – e o Brasil, a China e a Índia se destacaram no cumprimento desse objetivo.
 
“Países como a China, a Índia e o Brasil ajudaram muito a atingir os objetivos a nível global”, afirmou Chediek. Segundo o Relatório Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2013, a pobreza extrema no mundo diminuiu de 47% em 1990 para 22% em 2010, o equivalente a 700 milhões de pessoas a menos em condições de extrema miséria.
 
Com muitas metas cumpridas, o Brasil é considerado um exemplo na redução da pobreza e da desigualdade social. O presidente da Fundação Perseu Abramo, Márcio Pochmann, acredita que um dos motivos do êxito brasileiro é a cooperação e o envolvimento dos municípios. “Nosso país é singular na construção de políticas públicas em que o município tem um papel soberano, do ponto de vista da construção do seu orçamento e de várias outras ações”, disse Pochmann.
 
Depois de falar sobre a história e as regras do Prêmio ODM, Geraldo Magela da Trindade, secretário-adjunto de Relações Político-Sociais da Secretaria-Geral da Presidência da República, falou sobre iniciativas exemplares no campo social que encontrou pelo Brasil. “No Espírito Santo, em Vargem Alta, o prefeito encontrou um indicador de 22 mortes de crianças para cada 1.000 nascidos vivos. Inconformado, desenvolveu políticas públicas e reduziu as mortes para quatro. Muitas vidas foram salvas”, destacou. “Em Ubiratã, no Paraná, o prefeito tem técnicos para planejar economicamente o município, mas para o desenvolvimento social ele integrou secretários de todas as áreas e envolveu a sociedade, avaliando o que cada um podia fazer para melhorar seus índices.”
 
Para falar dos Objetivos do Milênio no estado de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, diretora-executiva da Fundação Seade, apresentou as estatísticas sobre os 645 municípios paulistas com base em dois ODM: erradicação da extrema pobreza e da fome e redução da mortalidade infantil.
 
A diretora falou também sobre os índices desenvolvidos pela Fundação Seade: o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) e o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS). “Esses indicadores foram criados em 2001, muito inspirados pelas metas do milênio. Eles nos ajudam a ter um monitoramento próximo aos municípios e às políticas do estado de São Paulo, para ver onde é preciso investir mais fortemente e as áreas de intervenção prioritárias.”
Ao encerrar as atividades do lançamento da 5ª Edição do Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), o presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade (Conic) da Fiesp, Rodrigo da Rocha Loures, falou sobre o trabalho do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, do qual é secretário-executivo.
“É um movimento que visa facilitar o processo de desenvolvimento da organização social, cujo norte é o alcance dos Objetivos do Milênio, uma agenda transparente e global. A solidariedade é o que anima esse movimento. É a soma de ações assim que faz a diferença”, disse.
 
Fonte: www.sesisp.org.br