08.02.2013 - Estudo destaca meta do milênio atingida na mortalidade infantil
Date: 2013-02-08
O estudo “Indicadores de Desenvolvimento Brasileiro” destaca que o Brasil atingiu com quatro anos de antecedência uma das mais importantes metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que é a redução da taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano de idade) em dois terços entre 1990 e 2015. A taxa recuou de 26,1 óbitos por mil nascidos vivos em 2001 para 15,7 em 2011.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil está entre as vinte nações que reduziram, em mais de 70%, a mortalidade infantil nos últimos 21 anos. Esse declínio permitiu sair da faixa considerada média (20 a 49 óbitos por mil) em 2001 para a baixa (menos de 20), desde 2006. A queda foi generalizada em todas as regiões, mostrando-se mais intensa no Nordeste (6,6% ao ano em média).
No mesmo período, foi observada a redução da mortalidade materna em 23%: de 80,3 para 62 óbitos maternos por mil nascidos vivos. “Esta redução é ainda mais significativa se considerada a melhora na identificação dos óbitos associados à gravidez em todo território nacional, com o aumento em 45% da proporção de óbitos investigados de mulheres em idade fértil entre 2009 e 2011”, avalia o documento.
Também houve redução da incidência de doenças infectocontagiosas evitáveis por vacinas, mantendo-se algumas delas praticamente sem registro de ocorrência no Brasil, segundo o relatório. Desde janeiro de 2009, o país não registra novos casos de rubéola e, desde 2000, não existe circulação de sarampo (exceto casos importados de outros países). Nos últimos dez anos, o número de casos de tétano caiu 44%, de 579 casos em 2001 para 326 em 2011. Considerando o tétano neonatal, essa redução chegou a 85%. Houve, ainda, redução a zero de rubéola congênita, de 32% da doença meningocócica e de 66% da meningite por hemófilo.
Indicadores de Desenvolvimento Brasileiro – O estudo, divulgado nesta quinta-feira (7/2), demonstra a relação entre as políticas públicas brasileiras e a aceleração do desenvolvimento humano no país de 2001 a 2011. O levantamento foi realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em parceria com os Ministérios do Planejamento, Desenvolvimento Social, Educação, Saúde, e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).